Saiba como diagnosticar e tratar da hipertensão arterial no seu pet

Saiba como diagnosticar e tratar da hipertensão arterial no seu pet
Saiba como diagnosticar e tratar da hipertensão arterial no seu pet (Foto: Freepik)

Silenciosa, a hipertensão arterial pode ser assintomática em muitos pets, por outras vezes, seus tutores têm dificuldades em identificar sinais ou manifestações da doença. Afinal, em cães as manifestações podem ser desde alterações inespecíficas no comportamento até cansaço, tosse, e em casos mais graves, alterações oculares, progressão da doença renal, hipertrofia do ventrículo esquerdo, entre outras.

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“Não se tem uma estatística epidemiológica bem determinada, mas sabemos que os cães com doença renal podem manifestar HAS em até 70% dos casos, em gatos observa-se HAS em aproximadamente 40% dos pacientes. Nas endocrinopatias cerca de 30% a 80% dos pacientes podem sofrer de HAS associada principalmente ao hiperadrenocorticismo nos cães e nos felinos a HAS secundária está mais relacionada ao hipertireoidismo”, ressalta a médica veterinária cardiologista, Thalita M. Vieira.

Por conta desse aumento de demanda no Veros, o hospital tem uma metodologia estabelecida para rastreio, diagnóstico e tratamento, além de uma maior conscientização para a necessidade de aferição da pressão arterial sistêmica em todos os pacientes no atendimento clínico ambulatorial de rotina, na nossa internação e UTI.

Thalita, afirma que o tratamento mais indicado é a base de medicações anti-hipertensivas, associado ao tratamento da doença de base, se houver, e nas lesões secundárias em órgãos alvos, também quando necessário.

É importante o acesso a essas informações, para que os tutores fiquem atentos e devemos conscientizar os médicos veterinários da importância em avaliarem rotineiramente a pressão arterial de seus pacientes. “Muitos tutores perguntam se a alimentação interfere para o aumento de casos e se há uma relação com a idade. Até o momento a alimentação não é o fator determinante para o aumento da pressão arterial, mas em alguns estudos a obesidade mostrou-se discretamente relacionada a um pequeno aumento da pressão arterial em cães, mas ainda se observa uma maior correlação entre obesidade e HAS relacionada à prevalência da doença de base (principalmente nas endocrinopatias). Em gatos nenhum efeito da obesidade sobre a pressão arterial foi comprovado até o momento. Apesar da HAS ser mais frequente em pets de meia idade e idosos, a idade também não é o fator de risco”, complementa.

A especialista lembra que averiguação é sempre importante quando o pet visitar o médico veterinário, que segundo o último Consenso do ACVIM (Diretrizes para a identificação, avaliação e manejo da hipertensão sistêmica em cães e gatos) publicado em 2018, a aferição deve ser realizada com Doppler Vascular ou equipamentos de oscilometria de alta definição.

Mas quando o pet se enquadra como hipertenso? O termo hipertensão sistêmica é aplicado ao aumento sustentado da PAS. Segundo a médica veterinária, a Pressão Arterial Sistólica acima de 160 mmHg já pode ser considerada elevada. “Devemos sempre avaliar as condições de ansiedade ou estresse ambiental no momento das aferições para evitar a hipertensão situacional”.

Os pacientes são classificados de acordo com o risco de lesão em órgãos alvos (Rim, Cérebro, Coração e Olhos), seguindo tabela publicada no Consenso de 2018 (abaixo).

(Foto: Divulgação)

A médica lembra que, quando não tratados, os danos aos animais podem ser severos, como retinopatias – mais frequente em gatos – progressão de doença renal e, consequentemente menor expectativa ou qualidade de vida, hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca e arritmias. No cérebro, a HAS pode causar encefalopatias e derrames, desorientação, alterações comportamentais.

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